Battletoads in Battlemaniacs (Snes e Master)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014 Postado por Azrael_I

Gênero: Beat'n Up / Ação


Fabricante: Rare


Lançamento: 1994


Jogadores: 1-2 players simultâneos



"Just you and me left now, 'Toadies! There's no rounds, no falls, no rules, an' when I've finished - no you!" - Dark Queen

Feliz Ano-Novo, pessoal! Os frequentadores mais antigos do Blog devem lembrar que Battletoads é uma das minhas séries favoritas; entretanto, o Battletoads original já foi resenhado pelo P.A. e o Battletoads and Double Dragon (B&DD, pra resumir) pelo Tristan, sobrando então pra mim o penúltimo dos games da série (o último é o Super Battletoads de Arcade, que nós não resenhamos aqui no Museum, e o Battletoads in Ragnarok World para Game Boy fica pra outra resenha). Vamos então falar desta beleza chamada Battletoads in Battlemaniacs, mas desde já peço perdão pelas comparações que farei, eu gosto MUITO do jogo original, e não tenho como falar deste sem compará-los e nem fazer uma resenha grande. Stomppin' time!


A primeira fase, nas versões do Snes e do Master

Tomando carona no meu post passado,  Battletoads in Battlemaniacs é praticamente um remake do Battletoads original para Mega e Nes 8 Bits; suas fases são todas baseadas nas fases do  game original (exceto as fases de bônus) mas completamente reeditadas. Diferente do que foi feito na conversão do game original do Nes para o Mega, ou mesmo em B&DD, as fases não apenas ganharam um "filtro de tela" novo, foram totalmente refeitas, com uma nova jogabilidade que, apesar de tudo, remonta à original. Todas as suas seis fases são bastante parecidas com as do game de Nes, sem no entanto parecerem completamente repetidas. "Peraí, SEIS fases?! Mas no Battletoads haviam doze fases!" Pois é, esse é o primeiro grande defeito de Battlemaniacs, reduziram o número de fases pela metade... é claro, incluíram duas fases de bônus (para os cagões que não aguentam fechar o jogo na marra) e uma sub-fase bem dispensável no final, meio que baseada na fase de nave de B&DD. De boa, eu excluiria essas e colocaria todas as fases do original, mas fazer o que, não fui eu quem programei isso...

 A fase da árvore, que substituiu a do rapel

A história é completamente nova e, apesar de parecer, não tem ligação direta com  os outros jogos da série: o Professor T-Bird (maldita ave mocoronga! O pior e mais odiado personagem da série!) chama os Toads para mostrar seu novo TV de Plasma 3D videogame para eles (provavelmente pra se exibir, "eu tenho, vocês não têm!") em sua fortaleza nas montanhas do Tibet. Nossos heróis, que não queriam pagar 4 mil battlemoedas num Playstation 4 ou arriscar um XOne explosivo, resolvem usar o Battlecóptero e ir no covil da ave maldita ver qual é a do brinquedo (como se eles não tivessem coisa mais importante pra fazer na vida, tipo salvar o Universo... ok, heróis também podem se divertir de vez em quando, tão perdoados). T-Bird explica que o videogame gera um novo sistema de realidade virtual, o Gamescape (financiado pela empresa Psicone™), mas ao ligar a máquina ele acaba sintonizando na Band no canal do Silas Malafaia Volkmire e um porco montado num dragão sai de dentro da tela (!), agarra Michiko (filha do dono da Psicone™, que até o momento nem parecia estar na sala), nocauteia Zitz, e foge pra dentro do videogame levando os dois. Em seguida, Silas Malafaia Volkmire aparece no monitor para pregar a Palavra avisar os Toads que irá converter o mundo inteiro em cristãos seu próprio Gamescape, avisa que a Dark Queen já está com os dois prisioneiros e que não é pra eles tentarem nada, SENÃO... (risada maligna). Traduzindo: "Tamos com os reféns, venham aqui nos pegar e encher de porrada".  É claro que Rash e Pimple entram na tela atrás de seus amigos (vai ver, na esperança de ganharem um beijo da Michiko para virarem humanos e poderem dar adeus à essa vida de escravos de um urubu) e começa o jogo!

Zitz, o sapo camaleão(que em TODOS os jogos aparece com uma cor diferente) e o Professor T-Bird jogando videogame e fazendo comentários "inspiradores" enquanto os Toads se lascam!

Na verdade, foi Silas quem criou o programa do Gamescape quando trabalhava para a Psicone, mas decidiu se aliar à Dark Queen (provavelmente depois de fantasiar um bocado com os peitões dela) e atacar os Toads quando o professor T-Bird (maldita ave mocoronga!) fosse mostrar o aparelho pra eles. Sinceramente, o enredo é o segundo grande defeito deste jogo, já que é um remake muito do mal feito da história original, onde a Princesa Angélica e o Pimple são sequestrados pela Dark Queen e levados para o planeta dela, sem essa viajem toda de realidade-virtual-que-pode-matar-e-dominar-o-mundo (baseado no quase desconhecido Comics de Battletoads que foi lançado apenas nos States, e que explica melhor a história de Battlemaniacs); ao tentar aproximar mais o roteiro do gibi (onde um videogame serve de portal), Battlemaniacs acabou tornando a história da série um tanto confusa: afinal onde fica o Ragnarok World da Dark Queen, numa região remota da galáxia (como foi dito nos games anteriores) ou numa outra dimensão acessível por um videogame (como foi dito nos Comics)? Às vezes, tentar inovar demais acaba regredindo as coisas...

Os vilões Dark Queen e Silas Malafaia Volkmire: Converta-se!

Bizarrices de roteiro e urubus num teclado à parte, vamos falar sobre os pontos positivos do game, a começar pela jogabilidade: como eu disse, ela é baseada no primeiro Battletoads, ou seja, em cada fase um desafio cabeludo diferente, com jogabilidade diferente em todas, mantendo praticamente as mesmas características do Nes. A primeira fase, Khaos Moutains (baseada na Ragnarok Canyon do original) é a única totalmente Beat n' Up, com Rash e/ou Pimple enfrentando os Psy-Pigs da Dark Queen (que, nesta versão, estão usando uma malha de ginástica, pra vergonha dos suínos...) e também uns esqueletos; a novidade maior é que os ataques especiais dos Toads são diferentes, embora usem os mesmos comandos, para alegria de quem gosta de ver suas mãos e pernas se transformando em armas; o chefe da fase por outro lado mudou, em vez de enfrentar um robô pelo ponto de vista do inimigo, temos que enfrentar um porcão-robô do jeito normal . Já na segunda fase, Infested Tree (baseada na Wookie Hole), os Toads descem por uma imensa árvore montados nuns discos voadores (nada de poço e rapel na corda) enfrentando máquinas, ratos com ímãs, espinhos, plantas carnívoras e moscas gigantes que dão uma vida se acertar seis socos seguidos (engraçado que os Toads não tentam comer as moscas, que substituíram os corvos aqui...). Temos então a primeira fase de bônus, em que os Toads escorregam por um imenso tabuleiro montados numa ficha recolhendo pinos brancos (que dão pontos), evitando os pinos pretos (que tiram energia) e ratos (que tiram pontos); junte 200 pontos para ganhar uma vida, sendo possível conseguir até duas, embora a utilidade desta fase seja questionável já que na fase anterior era possível conseguir até 20 vidas socando as moscas.

Novamente temos uma fase do Jet-Sky; tremam, jogadores fracos!

A terceira fase, Speeder Bikes, é uma velha conhecida: a famosa e odiada Turbo Tunnel, aqui reeditada com novas posições para as plataformas e buracos, para tornar a vida dos jogadores fracotes ainda mais miserável (mas a fase está um pouco mais fácil, embora não tanto quanto a fase da moto de B&DD, e com cores menos dolorosas à vista que no Nes). Passando essa, somos levados à fase das cobras Karnath's Revenge (remake da Karnath's Lair, ou seja, não tem a Artic Caverns nem a Surf City... ó vida, ó tristeza...), também reeditada com novas posições e movimentos das cobras (e um estágio final baseado na Artic Caverns, pelo menos). A próxima fase, Tracktors, é a verdadeira grande pedreira deste game: baseada na fase 11 Clinger Wingers do original, o jogador deve controlar o Toad com um monotrilho por uma série de plataformas (aperte o direcional na direção do trilho para ganhar velocidade, B para abaixar e A para pular buracos; assim falando parece tão fácil...) enquanto foge do rato Fuzz armado com um patinete-serra (em vez de um pirulito gigante) que FATIA o sapo ao meio se o alcançar! Mais uma fase de bônus (com o tabuleiro vermelho desta vez e peças de dominó no lugar dos pinos) e finalmente somos levados à última fase: Rat Race, praticamente idêntica à original, onde Dark Queen estará nos esperando com champanhe, morangos e chantilly numa banheira; ah, quem dera. Nada de Firezone, Intruder Excluder, Terra Tubes ou The Revolution, algumas das melhores fases do original, nem dos chefes Big Blag, Karnath, General Slaughter ou Robo Manus; os únicos chefes de Battlemaniacs são o porco-robô Rocky, Dark Queen e o Silas.

De volta ao covil de Karnath... sem o Karnath. No Master ficou mais fácil ainda!

Após chutar a deliciosa bunda da Dark Queen, parece que tudo acabou bem e os Toads vão celebrar a vitória, mas o T-Bird (maldita ave mocoronga!) manda adiar as comemorações, pois Silas Volkmire está fugindo em seu "voo discador"; os Toads o perseguem e o jogador deve atirar em sua nave (míseros três tiros) para conseguir o final bom ou deixarem escapar para ver o final ruim; aliás, de todas as mudanças e inovações que Battlemaniacs trouxe em relação aos outros games, este é o terceiro grande defeito: em vez de um final épico, com pelo menos uma cutscene de Rash, Zitz e Pimple comemorando sua vitória (tantas possibilidades... talvez  um pouco de fanservice com a Michiko... ou com a  Dark Queen... ou com as duas...) temos apenas um maldito texto na tela preta, tanto no final bom quanto no ruim, exatamente como no Battletoads original! Ou seja, mudaram ou apagaram o que era bom e mantiveram o que era ruim do original!! Tá certo que o texto muda de acordo com o final, mas não evita aquela sensação no jogador de "É isso? Pelo amor de Deus, eu passei por todo esse trabalho pra ISSO? Raios me partam! E me partam em dobro por ter tido que zerar duas vezes pra ver dois finais ruins!!"

Anda Rash, atira!

 A melhor mudança que Battlemaniacs trouxe à série foi sem dúvida seus gráficos: os cenários estão muito detalhados e conseguem reproduzir efeitos e texturas que não existiam no original e nem mesmo em Bⅅ pra melhorar ainda mais, os sprites dos Toads estão bem maiores, passando uma sensação melhor de controle dos sapos, sendo também mais agradáveis à vista. Isto é notado já na primeira fase, que permite uma exploração maior do cenário e das habilidades dos sapos. Além disso é possível distinguir muito mais os dois Toads: em todos os jogos anteriores, Rash, Pimple e Zitz eram exatamente iguais (exceto nas cores) por usarem os mesmos sprites e tinham os mesmos movimentos e golpes; aqui, os três são bem diferentes (embora Zitz quase não apareça), Rash e Pimple têm sprites exclusivos para seus golpes, movimentos e até mesmo expressão facial! De fato, os sprites dos Battletoads foram reaproveitados no jogo de Arcade, onde poucos detalhes foram inseridos, provando a qualidade gráfica desta versão para Snes.


Tracktors, a fase insanamente difícil. Se chegar até aqui, parabéns, se passar, eu o saúdo!

A parte sonora pode ser considerada outro ponto alto de Battlemaniacs; nem melhor, nem pior que os games anteriores, as músicas seguem o tradicional Rock pesadão que os fãs de Battletoads gostam e merecem. Meu destaque maior vai para as  músicas da abertura, da primeira fase e da primeira fase de bônus (que é também o tema da Dark Queen). Algumas músicas são reedições de temas antigos, embora hajam músicas novas, mas não tenho como perdoar, entretanto, a ausência de algumas das minhas favoritas, principalmente a de Surf City; outro dos meus temas favoritos, a música da Turbo Tunnel também está num arranjo novo (que eu acho inferior ao original e ao de Mega Drive; não tem jeito, o Mega sempre ganhou do Snes na qualidade do som, mas é um espanto que as músicas de Battlemaniacs estejam à altura do Mega). Quanto aos demais sons, estão excelentes como no restante da série, principalmente a sonoplastia das pancadas. Esta qualidade sonora se deve ao fato de o compositor ser o mesmo dos demais jogos, David Wise, que trabalhou em quase todos os grandes games da Rare, ficando famoso principalmente por seu trabalho na série Donkey Kong Country.

Última fase: corra mais rápido que o maldito rato Scuzz e exploda as bombas, para depois enfrentar a Dark Queen

A conversão para Master System foi anunciada um ano depois da de Snes e está, digamos assim, menos ruim do que outras conversões (como Street Fighter 2, por exemplo) mas, mesmo assim, está longe de ser satisfatória. Pra começo de conversa, Battlemaniacs de Master teve seu lançamento cancelado na Europa, mesmo depois de ter sido anunciado pela imprensa em 1995; em 1996, a Tec Toy resolveu então lançar a conversão para o Master, somente aqui no Brasil. O problema é que os Beta Testers da Tec Toy devem ser ainda piores do que os que testaram o Battletoads original (e não descobriram o bug na fase 11), e o resultado é que a versão de Master de Battlemaniacs é completamente bugada, principalmente na 3ª fase! Eu não consigo entender, Battlemaniacs para Master tinha tudo para ser uma conversão bem legal (com direito inclusive a seleção de dificuldade, para os covardes) e ficou um demake com jeito de mal feito da versão de Snes, com gráficos, sons e jogabilidade bem inferiores; e mesmo assim, melhores do que muitos outros games de Master! O problema maior, claro, são os bugs, mas existem outros, principalmente a jogabilidade um tanto mais travada. A verdade é que o Master teria suportado bem uma conversão do game original (talvez até próxima à da versão de Mega Drive), mas os produtores devem ter achado que não haveria retorno para um game feito com tecnologia retroativa (mesmo sendo para um console já ultrapassado...) e preferiram arriscar uma conversão da versão mais moderna de Battletoads, ou seja, Battlemaniacs. O resultado é que temos um jogo 8 bits com a aparência melhor do que o Battletoads original, mas muito, muito inferior ao original, e sem o charme dele ainda por cima. E com menos fases. E pra piorar, cheio de bugs. É verdade que, na versão de Master, os gráficos estão bem piorados, mas o processador gráfico do Master foi levado ao limite para inserir o jogo na íntegra (com direito mesmo a algumas cutscenes estáticas) adaptando o melhor possível os gráficos de Snes para 8 bits e, inacreditavelmente, em 3D! Não esperem milagres, é o 3D do Master System, mas mesmo assim, superior a muitos outros gráficos 8 Bits (é só comparar as fotos das fases deste post). O mais engraçado é que, apesar de todos os defeitos, Battlemaniacs ainda pode divertir (na falta de outro Battletoads para o Master, claro...). Em suma, Battlemaniacs da Tec Toy para Master é só para os fãs doentes da série (como eu, hehe), já que poderia ter sido um bom game e fica como uma triste lembrança de como o Master cagou em cima de uma das melhores séries dos games.


A capa da versão de Master System

"Então concluindo, Battlemaniacs é uma droga, Azrael?" Não. Longe disso, na verdade. Como eu falei, é impossível não comparar Battletoads in Battlemaniacs com o Battletoads original, mas esquecendo que Battlemaniacs foi feito baseado em um dos maiores clássicos do Nes, podemos apreciá-lo em sua essência: um game bom, difícil, com ótimas músicas, jogabilidade e gráficos. Infelizmente, ele peca na questão da originalidade: se era para fazerem um remake, por que não fizeram inteiro como o original? Acaba ficando a impressão que muita coisa parecia que iria ser incluída mas foi deletada durante o desenvolvimento do jogo, como as fases que não foram convertidas e até mais animação nas cutscenes, pro jogo não ficar grande demais (e não caber num cartucho), e acabaram deixando-o curto demais. E o que é pior, mais fácil (exceto na fase Tracktors, única realmente com dificuldade Battletoads). Fora tudo isso, Battlemaniacs (mesmo o de Master) consegue manter bem a essência da série, com seus sapos boladões, golpes com mãos e pernas que se transformam em armas malucas, fases com desafios insanamente difíceis, o desgraçado fanfarrão do T-Bird (maldita ave mocoronga!) que fica falando inutilidades e te tirando sarro caso morra e, claro, sua vilã ultra-gostosa que adora te provocar entre uma fase e outra. Mais curto, mais fácil e, verdade seja dita, mais bonito, Battlemaniacs ainda é Hardcore o bastante para ser digno de ser chamado Battletoads.

Menu de Opções: em 2 Players A, um machuca o outro!



NOTA FINAL: 9,0 (6,0 para a versão de Master)
O ÚLTIMO BATTLETOADS PARA CONSOLES, APESAR DE CURTO, É DESAFIANTE, BONITO E COM A QUALIDADE SONORA TÍPICA DA SÉRIE. MAIS FÁCIL QUE OS OUTROS, E AINDA ASSIM, HARDCORE AO EXTREMO!
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4 comments:

Diego67 disse...

Ótima análise de Battletoads! Mais afirmar que o áudio do Mega e melhor que o do Snes forçou a barra hein

P.A. disse...

Concordo com o Diego, o aúdio do Mega não é melhor que o de SNES nunca!
Nem é guerrinha ista nem nada... Mas o Mega nunca superou o concorrente nesse quesito.

Azrael_I disse...

Calma, calma Meritíssimo, que eu me defendo... em primeiro lugar, o processador de áudio do Snes era sim melhor que o do Mega Drive, isso é inegável (qualidade Sony). ENTRETANTO... quando comparamos os jogos lançados para ambos os consoles, na maioria deles parece que o som do Mega foi melhor trabalhado (e falo isto com o entendimento de quem tem Ouvido Absoluto, um dos meus poucos talentos). É verdade que boa parte deles foi lançado bem depois da versão de Snes (principalmente Street Fighter II) mas, mesmo assim, é estranho que conseguissem resultados tão bons mesmo com tanta diferença no Hardware (vai ver, ficavam com preguiça de tentar aproveitar o máximo do processador de áudio do Snes). Se compararmos os jogos iniciais de cada console aí a coisa piora: Mario World tinha boas músicas, sim, mas com qualidade ainda próxima à de Mario 3 de Nes 8 Bits, enquanto Mega tinha o Altered Beast, com uma trilha sonora próxima à do Arcade (com sound test) e vozes, ainda por cima. No caso do Snes, demoraram uma centena de games para investirem de forma adequada em sua trilha sonora, enquanto no Mega poucos games tinham trilhas sonoras ruins (graças, em grande parte, ao trabalho de Yuzo Koshiro, que fez as trilhas de Streets of Rage, Shinobi e muitos outros dos primeiros games do Mega). Comparem as trilhas dos dois Castlevanias de Snes com o Bloodlines de Mega, e verão que as do Mega estão à frente (excelente trabalho de Michiru Yamane), e o mesmo vale para as versões de Contra. O que matava no Mega, entretanto, eram os sons em gerais das fases (barulhos dos personagens, golpes etc.), cheios de "fins e fóns" e esses sons realmente soavam dissonantes (ainda mais pra quem tinha o ouvido sensível... eu sofria com alguns desses barulhinhos do True Lies). Com o tempo, as trilhas sonoras do Mega foram sendo menos trabalhadas, enquanto as do Snes foram melhorando até conseguirmos maravilhas como as de Star Ocean e Hamelin no Violin (e outro destaque meu vai para, ironicamente, Battletoads and Double Dragon, cujas músicas estão bem melhores no Snes).

Seja como for, esta discussão é muito longa para um comentário; no fórum do outerspace do portal Terra, o usuário Pyron fez um post comparativo bem detalhado, destacando os processadores de cada console e as qualidades de ambos (tudo em Português): http://forum.outerspace.terra.com.br/index.php?threads/o-mega-drive-soava-mesmo-sempre-pior-que-o-super-nes.311678/

Maxwel disse...

Aproveitando a corversa, esse vídeo é o melhor, NES vs SNES vs Mega: http://www.youtube.com/watch?v=ZDZ20yqw18E

Sobre o jogo, eu consigo zerar ele de boas com o coração saindo pela boca kk
A minha fase preferida é a ultima, a música é agitada e sombria ao mesmo tempo e ela não é tão difícil assim.
Aquele de ter que apertar as direcionais para ir mais rápido é que come suas vidas!

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