Double Dragon II - The Revenge (NES)

quarta-feira, 4 de julho de 2012 Postado por Tristan.ccm


Gênero: Beat'em up


Fabricante: Acclaim / Technos


Lançamento: 1988


Jogadores: 1 a 2 players cooperativo





Muitos jogos marcam a infância dos gamers pelos mais variados motivos. Com certeza, uma coisa que todo jogador sempre guarda na sua memória é o primeiro jogo que ele zerou, e foi isso que me fez guardar esse jogo na memória: foi a primeira vez que um chefe final caiu diante de meus poderes.

Eu sei que enredo nunca foi uma coisa a ser bem trabalhada nos jogos de beat'em up, mas nesse jogo a barra foi forçada ao extremo: Marian, a namorada dos irmãos Lee (sim, a biscate namora os dois. Vai ver ela gosta de sanduíche, mas enfim...) estava, como sempre, parada feito um poste no meio da rua assistindo uma cambada de criminosos das mais variadas estirpes virem ao seu encontro. Porém, dessa vez os terríveis bandidos não a raptam, mas fuzilam a moça sem dó! No primeiro jogo eles "só" sequestraram a moça e os dois gêmeos quebraram metade da gangue na porrada, e nesse eles matam a menina? Pelo visto inteligência não é o forte dos Black Warriors... Bem, o pior de tudo é os dois irmãos lutando novamente na esperança de ressuscitar a moça! Na boa, era bem mais fácil eles procurarem outra pra ficar no meio dos dois pra namorar do que sair espancando dúzias de inimigos pra tentar reviver uma pessoa cujo único talento parece ser ficar imóvel diante do perigo!

História malfeita à parte, o jogo melhorou em relação ao seu antecessor pelo fato de permitir o controle simultâneo dos dois irmãos, algo que fez uma falta danada na versão caseira do jogo anterior. Isso não removeu alguns defeitos do jogo anterior (como o fato de não se poder enfrentar dois inimigos diferentes,por exemplo), e era possível escolher se poderia se bater ou não em seu companheiro (isso deveria ser lei em jogos desse tipo, quem já jogou Battletoads sabe do que eu estou falando). A jogabilidade aqui era diferente e requeria um certo tempo para se acostumar: ao contrário dos jogos tradicionais, onde um botão pula e o outro bate, aqui o botão A bate para a esquerda e o B para a direita, e pra pular era preciso apertar os dois juntos. Quando eu joguei isso não era problema, pois eu tinha um Dinavision 3, cujo joystick tinha o botão A+B que facilitava pacas o pulo nesse jogo, porém eu imagino a treva que era jogar no joystick do Nintendinho original! Eu queria ver alguém passar a penúltima fase (plataformas que somem estilo Megaman) sem esse botão! Pra compensar os heróis ganharam golpes especiais bem legais, como um ataque das corujas chute giratório e uma voadora com joelhada, ambos muito eficientes.

Os gráficos do jogo estão muito bonitos para os padrões do NES, com cores bem legais e poucos glitches. As músicas também são boas, alternando entre temas "vamo pro pau" com melodias sombrias. Apesar do jogo me trazer lembranças não tão boas (como você pode ouvir no podcast que gravei com a galera do Estação Podcast), é um grande jogo do estilo "andar e bater", e vale a pena pra todo fã do gênero.





NOTA FINAL: 9,0
A SEGUNDA AVENTURA DOS GÊMEOS PORRADEIROS CONSERTOU MUITOS DOS ERROS DO JOGO ANTERIOR, GERANDO UMA DAS MELHORES CONTINUAÇÕES DE GAMES JÁ PRODUZIDAS. RECOMENDADO A TODOS OS FÂS DE UM BOM BEAT'EM UP.
Plataforma:


13 comments:

Maxwel_Jr disse...

Esse jogo é muito bem feito e difícil, mas eu gosto mais da versão de Mega Drive, que conta com 3 botões (pelo que eu me lembro).

Leandro"ODST Belmont Kingsglaive" Alves the devil summoner disse...

uma coisa chocante nessa parte da Marian...ela levou uma chuvarada de tiros certo? e os irmãos Lee vão tentar ressuscita-la(o que é um erro) e após passar das diversas fases e derrotar os chefões...a Marian não seria uma zumbi quando a revivesse? pois com o tempo que leva para terminar o game que passa alguns dias desde a morte da garota, no minimo o corpo já exalava um mal cheiro certo?

não me digam que eles são adeptos a necrofilia?????

acabou a minha infância.

Gueibs ManoMona disse...

Toda vez que vejo alguém falando sobre esse game, me surpreendo quando chega na parte da jogabilidade. Essa coisa do botão bater pra lá e o outro pra cá era tão natural na época que eu nunca me lembro disso como defeito ou algo do tipo.

Outra coisa... eu baixei o podcast que você citou aê... ficou muito bom... gostei muito das histórias... e fiquei com invejinha do supercartucho. Já quero um já. Arrasô!

Tristan.ccm disse...

@Maxwel Gamer

Eu testei a versão do Mega, e apesar de ela ter botão de pulo o jogo ficou podre demais! A versão de NES ainda é a melhor.

@Leandro

O_o não tinha pensado nisso. My mind blows up!

@GLStoque

A jogabilidade não é ruim não, só requer um pouco de adaptação. E ainda bem que vc gostou do cast, pode esperar que outros virão! E o supercartucho tá fazendo sucesso, já é a quinta pessoa que fala que quer ter um. Acho que vou fazer mais e começar a vender no ML!

Gamer Caduco disse...

Esse é o jogo que vc jogava no controle tipo "manche" do Dynavision? Com botão A+B no controle deve facilitar muito.
Eu não lembro de ter jogado o segundo jogo da franquia, acho que não cheguei a jogar mesmo. E nunca mais os irmãos tiveram bons momentos de sanduíche depois desse jogo, pelo menos não com a mesma tonta... kkkkkkkkk... ficou muito cômico o texto, várias tiradas boas.
Fase estilo Mega Man com plataformas que somem... me dá nervoso só de pensar nisso, como ando sofrendo com elas no desafio que estou encarando dos jogos do Blue Bomber... agora imagino isso no Double Dragon II que tem uma jogabilidade atípica (pra não dizer ruim... huahua).
Ótimo texto.
Abraço

Tristan.ccm disse...

@Gamer Caduco

E o pior é que o controle do Dynavision que tinha o A+B era o clássico. No manche não tinha esse botão,dá uma olhada:

http://3.bp.blogspot.com/-b9sLn4Ff4FM/TjIkwVzpfkI/AAAAAAAABAQ/RxqXnw_OuLU/s400/Foto-0016.jpg

Detalhe: ele tinha 3 botões A (dois na base e um no topo), mas só tinha um B (o gatilho), e o Start e o Select ficavam no topo, um de cada lado do A. Eu até hoje me pergunto como eu conseguia jogar Double Dragon com ele!

edu voorhees disse...

pior que esse lance da jogabilidade é isso mesmo, na epoca era natural, já hj em dia é horrivel

Anônimo disse...

Cara, esse é o melhor DD, depois do original Arcade. Jogo num NES e é apenas questão de habito o lance dos botões. Necrofilia à parte, este é um jogo que merece ser reconhecido pela sua qualidade. O golpe do ciclone é muito legal, nao me liguei no lance da coruja. Pra mim, coruja é a joelhada, que faz um barulho parecido com o grasnar. Ótimo post, parabéns.

Tristan.ccm disse...

@Clécio

Como assim não entendeu? Vai me dizer que vc nunca chamou aquela giratória do Ryu e do Ken (o Tatsumatsu Senpuu-Kiyaku, ou seja lá como se escreve isso)de "Ataque das corujas"?

Anônimo disse...

@Tristan
Pior que nao. O pessoal aqui chamava de ratatatá. Mas fica valendo.

tchulanguero disse...

Esse eu me lembro muito vagamente de ter jogado, não foram muitos os jogos de NES que tive a oportunidade de jogar. Mas beat'n'up é beat'n'up, ainda mais esses antigos, esse ae com certeza tá na minha listinha de "jogar antes de morrer", rzs.

Unknown disse...

Eu tinha um polystation que o controle tinha quatro botões o A o B e o Turbo A e B que serviam como se você apertasse A ou B repetidas vezes. Belo review, o jogo eh 10 e você conseguiu julga-lo bem, parabéns

Tiago disse...

Coruja, Helicóptero, Giratória, o que importava era arrebentar a cara da ganguezinha do mal... que jogo sensacional!
Ah, não era só a fase das plataformas que era f... se lembram daquela em que tínhamos que subir em um bendito trem???

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